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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Kids' book prizes to include gay and lesbian award

An award for gay and lesbian literature will be included in the American Library Association's annual announcement of children's prizes, a list which features the prestigious and influential Caldecott and Newbery medals.

The library association issued a statement Monday saying that the Stonewall Children's and Young Adult Literature Award has been added to the ALA's Youth Media Awards, watched closely by educators and librarians as they decide which books to add to their collections. The Stonewall prize honors "English-language works for children and teens of exceptional merit relating to the gay, lesbian, bisexual and transgendered experience." Stonewall awards for adult books were started nearly 40 years ago, but the children's category only now.

Books with gay and lesbian themes often place high on the association's yearly report of works most criticized and threatened with removal by parents and educators. "And Tango Makes Three," Justin Richardson's and Peter Parnell's acclaimed picture story about two male penguins who become parents, topped the list from 2007 to 2009.

"Ours is a very inclusive profession and we represent a wide variety of viewpoints," says association president Roberta Stevens, who noted that the decision to add the Stonewall prize was made well before the recent wave of suicides by teens believed to be victims of anti-gay bullying. "Millions of children in this country are being raised by gay or lesbian parents. There are young people who are gay and sometimes they feel very alone. This is a real opportunity for youths who may be feeling alone to read about other like themselves."

The Youth Media awards, announced in January, already include a variety of categories, such as African-American literature, lifetime achievement and best children's audio book.


in:

http://news.yahoo.com/s/ap/20101101/ap_en_ot/us_books_library_prize

domingo, 31 de outubro de 2010

Ask California DMV to Investigate Transphobic incident

Amber Yust, a transgender woman living in San Francisco, went to San Francisco's DMV to get her name changed on her driver's license. She had a court ordered name change and was easily able to get a new driver's license with her new name.

But her interactions with the DMV didn't stop there. The employee who had processed her name change wasn't happy that he had helped a transgender person. So he took Yust's personal information from the DMV office, and mailed a letter to her home, calling her an abomination, telling her she was going to hell and that she had made a very evil decision. The letter came complete with quotes from the Bible.

"I was shocked to receive this letter from the person who processed my paperwork at the DMV," said Amber. "I would never have expected that a DMV employee could use information from my name change application to reach out and personally attack me. This has been a traumatic experience for me and I want to ensure that nothing like this happens to anyone else."

Demand that the California DMV investigate this incident, and hold accountable any employees who breached confidentiality and/or harassed California residents. This type of behavior should be inexcusable for any employee, let alone one who works for the state.

in:

http://www.change.org/petitions/view/ask_california_dmv_to_investigate_transphobic_incident#



Em S. Francisco, Califórnia, nos EUA, Amber Yust uma mulher transgénera dirigiu-se à DMV (Department of Motor Vehicles) - o equivalente à DGV, aqui em Portugal-, para mudar o nome na sua carta de condução. Levava uma ordem do tribunal com a autorização para a mudança de nome nos documentos, por isso foi fácil conseguir essa alteração.

Contudo, o funcionário que a atendeu utilizou informações pessoais sobre ela, que constavam no formulário que preencheu, nomeadamente a sua morada, e enviou-lhe uma carta de ódio (chamando-lhe "abominação", que "ela iria para o inferno", que "tomou uma decisão muito má", ...). Essa carta continha inteiramente citações da Bíblia.

Uma situação destas é totalmente inadmissível, um funcionário de uma instituição estatal usar informações pessoais das pessoas que se dirigem a esse serviço, para as atacar pessoalmente, e neste caso, enviar-lhe uma carta de ódio.

No site change.org, onde esta situação foi noticiada está a decorrer uma petição, para que a DMV da Califórnia (a instituição onde aconteceu este incidente) investigue este caso, para que uma situação assim não se volte a repetir. (link da notícia e a petição acima).

domingo, 26 de setembro de 2010

Governo e BE querem simplificar mudança de nome e sexo no registo civil


O Parlamento discute, na quarta-feira, projectos de lei do Governo e do BE para simplificar o registo civil dos transexuais, evitando que estas pessoas recorram à única via que lhes permite actualmente modificarem os seus documentos, a judicial.

Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista Miguel Vale de Almeida explicou que o projecto do Governo, apoiado pelo PS, vai permitir que a partir de um «relatório de uma equipa multidisciplinar de sexologia clínica» se possa dar início ao processo de mudança de nome, o que deverá ser «rápido».

«A resposta do conservador do Registo Civil terá de ser feita no prazo de oito dias», especificou.

Para que a pessoa transexual tenha um nome em conformidade com a identidade de género em que efectivamente vive não será necessário que tenha realizado a operação de mudança de sexo, até porque esse é «um processo que demora muitos anos e várias cirurgias» e pode nem sequer acontecer, explicou Miguel Vale de Almeida.

O deputado sublinhou que «os genitais não são, de facto, o identificador do género das pessoas», sendo preponderantes factores como «a apresentação pública das pessoas perante os outros, nas relações públicas e sociais».

À luz da legislação espanhola, aprovada por unanimidade no Senado, em que o BE também se inspirou para o seu projecto de lei, estas iniciativas legislativas visam preencher «um vazio legal» que, sublinhou à Lusa o deputado bloquista José Soeiro, «atira estas pessoas para um processo excessivamente longo e burocrático, que causa sofrimento e exclusão sem nenhuma necessidade».

De acordo com o projecto de lei do BE, a mudança de registo civil «implica que as pessoas estejam há pelos menos dois anos a viver naquele sexo social» e que estejam a ser «acompanhadas por uma equipa médica».


fonte (TSF):

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1671749

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Realizador retira-se da competição do Queer devido a apoio da Embaixada de Israel

A curta-metragem “Covered” não passou ontem no Queer Lisboa, Festival de Cinema Gay e Lésbico, a pedido do seu realizador, o canadiano John Greyson, que apoia um grupo palestiniano de boicote a Israel e que contesta o apoio financeiro da Embaixada de Israel ao festival. A curta documental “14.3 Seconds”, do mesmo realizador, também não vai ser exibida sábado no Queer.


O PÚBLICO confirmou junto de fonte da organização que a exibição de ambos os filmes foi cancelada a pedido do seu realizador, que já após o arranque do festival, no dia 17, tinha enviado uma carta aos organizadores sugerindo formas alternativas de financiamento que evitassem contribuições da embaixada israelita, com a qual não desejava pactuar.

Nessa carta, lê-se que "este financiamento viola o apelo de 2005 da sociedade civil palestiniana, que pede aos artistas e académicos para boicotarem o Estado israelita, em protesto contra a ocupação que prossegue". O realizador canadiano pede que seja recusado "o patrocínio da Embaixada israelita e encontrar uma fonte alternativa para pagar" as despesas logísticas em que é usada a verba da representação diplomática do Estado judaico.

Na mesma missiva, o realizador, cujo filme "Fig Trees" recebeu o prémio para o melhor documentário na edição de 2009 do Queer, lembra que "isto é o que Ken Loach pediu ao Festival de Edimburgo em 2007, quando soube que eles tinham aceitado 33 libras do consulado israelita. Depois da devida ponderação, o festival concordou com ele e recusou o financiamento, encontrando outras fontes para cobrir os custos e alojar os seus realizadores israelitas". “Se para vocês não é possível recusarem este financiamento da embaixada, então é com grande tristeza que tenho de retirar o filme ‘Covered’ do vosso festival”. A organização do festival tem reiterado que os fundos cedidos pela Embaixada de Israel são encaminhados para fins logísticos, como o financiamento das viagens de alguns dos artistas e convidados ou impressão de materiais promocionais.

No site do festival lê-se apenas: "A pedido do realizador John Greyson, no contexto do seu apoio ao PACBI (The Palestinian Campaign for the Academic Boycott of Israel), serão canceladas as curtas-metragens Covered (Terça-feira, dia 21, 22h, Sala 1) e 14.3 Seconds (Sábado, dia 25, 21h00, Sala 1)."

"Covered" é um filme documental experimental, financiado por Inglaterra e Bósnia, sobre quatro mulheres que em Setembro de 2009 organizaram em Sarajevo um festival cinema gay e lésbico cuja cerimónia de abertura foi interrompida por uma multidão de contestatários que se opunham à realização do evento durante o mês do Ramadão.

"14.3 Seconds", no mesmo formato, conta a história da destruição dos arquivos de cinema do Iraque na guerra em 2003 através dos 14.3 segundos de filme restaurados que um jornalista conseguiu recuperar dos escombros. No Queer Lisboa em curso participam três filmes israelitas: "The Traitor", "I Shot My Love" e "Hyacinthus Lullaby"

O Queer Lisboa arrancou dia 17 e prolonga-se até sábado, dia 25, em que é anunciado o palmarés do evento. Duas horas antes da sessão inaugural do Queer, na sexta-feira no Cinema São Jorge, manifestantes protestaram contra o apoio da Embaixada de Israel ao festival, mobilizados por organizações como as Panteras Rosa, Comité de Solidariedade com a Palestina, SOS Racismo ou Comité de Solidariedade com a Palestina, UMAR - União Mulheres Alternativa e Resposta ou Pobreza Zero.


in (fonte):

http://www.publico.pt/Cultura/realizador-retirase-da-competicao-do-queer-devido-a-apoio-da-embaixada-de-israel_1457223

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Simplificado processo para mudança de nome e de sexo

A simplificação do processo de mudança de sexo e do nome próprio no Registo Civil é o objectivo da Proposta de Lei aprovada, hoje, quinta-feira, pelo Governo em Conselho de Ministros.

A ser ainda enviada à Assembleia da República, a proposta acaba com a acção judicial que qualquer transexual, masculino ou feminina, precisa de interpor neste momento contra o Estado, para ver reconhecida a alteração do nome e o novo género sexual na documentação identificativa.

Na prática, o conservador do Registo Civil terá um prazo de oito dias para emitir a nova identificação, após o cidadão transexual apresentar um relatório elaborado por uma equipa multidisciplinar de sexologia clínica, que ateste a respectiva disforia de género. Sendo que a proposta do Governo não estabelece que o processo da atribuição de uma nova genitália necessite de estar concluído para que as alterações no registo ocorram.

Actualmente este processos de mudança de nome e de sexo já são possíveis, só que requerem uma intervenção judicial, a apresentação de prova perante um tribunal para que haja o reconhecimento judicial da mudança de identidade", referiu o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministro. "Trata-se de um diploma de simplificação", sublinhou Pedro Silva Pereira.

O Governo garante que o diploma, que corrigirá uma omissão legislativa, segue exemplos que já estão em vigor na Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido ou na Suíça. “Na verdade, há mais de 20 anos que vigora a legislação alemã, suíça e italiana sobre a mudança de identidade de género. E também há já mais de 20 anos que o Conselho da Europa recomendou aos Estados-membros o reconhecimento legal desta situação”, lê-se na proposta.

Em Portugal, após o processo judicial interposto contra Estado, os tribunais, por norma, apesar de um processo poder levar vários anos, limitam-se a validar os relatórios médicos dos cidadãos transexuais. Refira-se que, até 1995, a Ordem dos Médicos se opunha à operação destas pessoas.

“É um sinal extremamente positivo a apresentação desta proposta, porque era necessária uma Lei da Identidade de Género. Actualmente, o processo para mudar o nome é longo e humilhante”, explicou, ao JN, Paulo Corte-Real, da Ilga - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero. “Estas pessoas sofrem consequências enormes nas suas vidas desde que iniciam o seu processo e que culmina com uma caminhada pelos tribunais”, acrescenta o activista.

Em Março, o Governo havia sido alertado para a necessidade da implementação de uma Lei da Identidade de Género no nosso país, pelo Comissário Europeu dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, Thomas Hammarberg. Recomendação que surgiu após uma reunião com a Ilga, em Portugal, nos finais de 2009, onde o comissário foi alertado para a ausência de tal legislação.

Cai entretanto por terra um projecto semelhante que estava a ser elaborado pelo deputado socialista Miguel Vale de Almeida. “Ainda não conheço em pleno os seus conteúdos (da proposta) mas não se justifica a elaboração de uma proposta em tudo igual a esta ou semelhante, quando o Governo indica com esta aprovação em Conselho de Ministros que era fundamental resolver a ausência de legislação para as pessoas a quem era reconhecida a disforia de género”.

A esta Proposta de Lei junta-se um projecto do Bloco de Esquerda que aguarda agendamento parlamentar e que também pretende colmatar a omissão no quadro legal das questões transexuais. “Ficamos satisfeitos que agora, com esta proposta, o Governo venha reconhecer que havia um problema que afectava esta população e ao encontro de uma proposta que Bloco apresentou há alguns meses. Acreditamos que se possa criar um consenso e uma maioria que possa resolver esse problema”, disse.

Admitindo desconhecer as alterações propostas, a presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado, critica o sentido de oportunidade do Governo. “No regresso do ano político, as grandes prioridades do país não são estas questões. Não é isto que interessa às pessoas”, acusa a jurista, que liderou a “Plataforma Cidadania e Casamento”, contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “A realidade e experiência humana mostram que este tipo de legislação só cria mais conflitos sociais. Não é um funcionário do registo que deve dizer o que é um homem e uma mulher. A própria natureza encarrega-se de o fazer no nascimento de qualquer cidadão”, refere.

Pegado vai um pouco mais longe: “O Governo dá uma imagem de que está a seguir a agenda do Bloco de Esquerda e a legislar para meia dúzia de pessoas e para pequenos grupos de pressão”. “Olho para estas leis como custos civilizacionais”, conclui.

Estima-se que 600 pessoas já tenham mudado de sexo em Portugal, sendo que as estatísticas apontam para a existência de em cada 12 mil homens existir um destes casos diagnosticados. E de um em cada 30 mil mulheres.
Neste momento, 50 portugueses encontram-se numa fase de mudança de sexo.

Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1653945

(jornal JN)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cancelamento, pela TVI, de uma cena de afectividade entre casal de namorados homossexuais, na série "Morangos com Açúcar"







Carta Aberta
Ao Director-Geral e Administrador da TVI
Ao Director-Geral da Plural Portugal
À Administração da Média Capital

Assunto: Cancelamento, pela TVI, de uma cena de afectividade entre casal de namorados, na série "Morangos com Açúcar"
28 de Julho de 2010

Exmo. Sr. Bernardo Bairrão,
Exmo. Sr. André Cerqueira
Exma. Sr.ª Ana Esteves,

Tomámos conhecimento, através de notícia publicada no Jornal de Notícias a 19 de Julho de 2010, da decisão de cancelar a emissão de uma cena de afectividade protagonizada por um casal de rapazes na série "Morangos com Açúcar". Segundo informa a mesma fonte, a cena, que inclui um beijo entre os dois rapazes, foi gravada pelos autores da série e rejeitada pela direcção de programas da TVI. Procuramos com a presente carta obter um esclarecimento quanto ao porquê desta decisão e alertar para o impacto extremamente negativo da mesma.

Entendemos não existir justificação para a não emissão de qualquer conteúdo que expresse a diversidade de afectos e relacionamentos que existem na sociedade, tendo em conta os critérios avaliados para o horário e público a que se destina a série, mas sempre com respeito pelo compromisso de igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa (Art. 13º), no Tratado da União Europeia (Art. 10º) e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (Art. 21º), que no caso aqui apresentado se relaciona directamente com um tratamento desigual baseado na orientação sexual das personagens.

Qual é a gravidade desta infracção? Tratando-se de uma série de jovens para jovens, em emissão desde 2003, com um público substancial que encontra nela um retrato das vidas de sucesso, complicações, dramas e conquistas da juventude portuguesa, compreendemos ser importante que o desenvolver da série “Morangos com Açúcar” seja inclusivo e se estenda sem discriminações à realidade de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT) em Portugal.

A visibilidade positiva e a informação correcta sobre orientação sexual e identidade de género são aspectos cruciais na desmistificação destes assuntos, na educação de mentalidades e no desenvolver de uma personalidade e capacidades sãs entre jovens com uma orientação sexual minoritária, que, infelizmente, não contam ainda com modelos positivos no seu dia-a-dia devido à discriminação e ao preconceito.

A comunicação social e os média desempenham um papel importantíssimo nesta área, tendo o direito e o dever de retratar e noticiar, sem medo ou preconceito, mas com respeito e verosimilhança, as histórias desta camada da população, honrando e apoiando todos aqueles que ainda sofrem constantemente pelo preconceito direccionado pela sua orientação sexual ou identidade de género.

A omissão de personagens LGBT e de cenas que retratem o dia-a-dia destas pessoas, com dúvidas e receios tão legítimos quanto os de seus pares heterossexuais, e que fazem parte da vida de milhares de jovens no nosso país, é absolutamente preocupante, descaracteriza a série em relação à sociedade que pretende retratar e isola muitas crianças e adolescentes que encontram um sinal positivo na história das personagens Nuno e Fábio e na aparente legitimidade que a TVI confere à mesma, revelando-se afinal discriminatória e incapaz de respeitar as vivências destes jovens no seu todo.

Esta decisão reduz a existência e os sentimentos destes adolescentes e propicia a invisibilidade, veiculando a ideia de que são menos dignos que os seus pares heterossexuais, sentimentos e pensamentos que levam à instabilidade emocional e que poderão expressar-se no maior isolamento, insegurança, repressão, desrespeito próprio, auto-mutilação, tentativa e ideação de suicídio, como tem sido recentemente documentado.

Vivemos numa época em que estão reunidas todas as condições para o apoio e o respeito às pessoas LGBT, e estamos certos/as que a sociedade portuguesa está mais do que preparada para assistir às imagens desta história de amor, que afinal é igual a tantas outras. Pedimos que não deixem de participar e de contribuir de forma positiva para esta educação de mentalidades, repondo a cena cujo cancelamento representa uma infracção das normas nacionais e internacionais dos direitos humanos e um sinal triste de retrocesso civilizacional.

Com os nossos melhores cumprimentos,


As Associações:

AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual (amplosbo.wordpress.com)

ATTAC (www.attac.pt)

ILGA – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (www.ilga-portugal.pt)

não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais (www.naoteprives.org)

Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia (www.panterasrosa.blogspot.com)

PolyPortugal (polyportugal.blogspot.com)

PortugalGay (portugalgay.pt)

rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes (www.rea.pt)

Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens (www.redejovensigualdade.org.pt)

UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta (www.umarfeminismos.org)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ministério da Saúde trava doação de sangue por gays

Olá a tod@s.

Deixo aqui uma triste notícia para a população LGBT que foi publicada hoje no jornal JN.

Depois de, há quase 4 meses, ter sido aprovada no parlamento a proposta do BE de retirar perguntas relacionadas com a orientação sexual dos dadores de sangue no questionário a que os mesmo têm que responder, acabando dessa forma com a discriminação aos homossexuais e bissexuais na doação de sangue (discriminação essa que partia do preconceito, errado, de que existiria maior risco de DST na população homo e bissexual) o Ministério da Saúde afirma agora que não vai alterar essa questão sobre a orientação sexual no questionário dos dadores de sangue e da respectiva exclusão dos homossexuais/bissexuais masculinos.

Porquê essa discriminação/exclusão de homossexuais e bissexuais masculinos não faz sentido nenhum? Vejamos os dados:

O último relatório da Coordenação Nacional para a Infecção por VIH/Sida, relativo ao ano de 2008, refere terem sido recebidas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge notificações de 2668 casos de VIH, sendo que 1201 diagnosticados nesse ano.
E desses 1201 casos de VIH diagnosticados nesse ano, a categoria de transmissão "heterossexual" correspondeu a mais de metade (57,6%) dos casos de VIH; a transmissão associada à toxicodependência 21,9% do total de casos e apenas 16,8% de pessoas homo/bissexuais.

E mesmo assim, com dados oficiais e concretos de que a maioria dos casos de VIH diagnosticados em Portugal corresponde a pessoas heterossexuais e não de pessoas homo ou bissexuais, mesmo assim, o Ministério da Saúde vai ignorar o que o parlamento decidiu em Abril a esse respeito, e vai manter a exclusão de homossexuais e bissexuais masculinos da doação de sangue e da possibilidade de salvar vidas... (E depois queixam-se da falta de sangue nos bancos de sangue em Portugal...)

Portanto, os homens homossexuais e bissexuais continuarão a ver a sua vida sexual exposta a desconhecidos, num questionário, e a serem excluídos de doar sangue e poderem salvar vidas (como se o sangue de um homem homossexual ou bissexual fosse diferente ou pior do que o sangue de um homem heterossexual...); uma exclusão que acontece se responderem «Sim» à questão "Se é homem, alguma vez teve relações com outro homem?".

Se responderem afirmativamente, são automaticamente excluídos da possibilidade de doar sangue, de poder salvar a vida de alguém...

Infelizmente, neste país, um homem homossexual/bissexual para poder efectivamente doar sangue e dessa forma poder salvar vidas, tem que mentir ao responder a essa questão, tendo que esconder a sua orientação sexual e ver a sua dignidade humana fragilizada...

OS HOMENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS TÊM DIREITO A PODEREM DOAR SANGUE SEM TEREM QUE NEGAR A SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL!


Só o Ministério da Saúde e o Instituto Português do Sangue não vêem isso...

Enfim... Neste país anda-se 1 passo para a frente e 2 passos para trás...



Deixo aqui a notícia que saiu hoje no JN a este respeito:


Ministério da Saúde trava doação de sangue por gays

O Ministério da Saúde não vai adoptar medidas contra a exclusão de homossexuais e bissexuais na doação de sangue, que constavam numa recomendação do Bloco de Esquerda, aprovada no Parlamento por várias bancadas, inclusive pelos deputados socialistas.

Aprovada há quase quatro meses, com a abstenção do CDS-PP, a recomendação apresentada pelo deputado bloquista José Soeiro era clara: visava a eliminação das perguntas sobre a orientação sexual dos dadores, em questionários nas unidades e serviços dependentes do Instituto Português do Sangue (IPS).

Mas o Ministério da Saúde não irá ter em conta tal recomendação, porque defende que o actual cenário impeditivo, para homens que tenham sexo com outros homens, irá manter-se à “luz dos procedimentos internacionais nesta área”.

Pelo menos, esta foi a resposta dada ao JN, pela tutela, semanas após a aprovação. Porém, já esta semana, fonte ministerial mostrou indisponibilidade para responder a questões sobre esta matéria ou a elucidar a recusa de não levar em conta tal projecto de resolução.

Aliás, já o presidente do IPS, Gabriel Olim, havia garantido ao JN, minutos depois da aprovação, em Abril, que aquele organismo não iria modificar as regras até o ministério se pronunciar e conhecer os estudos técnicos da recomendação bloquista.

“A proposta (do BE) choca com tudo o que é realidade internacional”, disse, então, frisando que os “dados apontam que homens que têm sexo com outros homens têm relações não protegidas”.

Segundo José Soeiro, após a interpelação em Junho ao Governo sobre a demora na aplicação de uma normativa que vá ao encontro de recentes directivas comunitárias, o Bloco irá questionar de novo a tutela.

O facto da orientação sexual ser considerada factor de risco, nas unidades de recolha de sangue, impede os homossexuais de fazerem a sua dádiva, logo que respondem afirmativamente à questão: “Se é homem, alguma vez teve relações com outro homem?”.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1626567

Conferência «A Igreja e os Homossexuais» - dia 29 Julho, Lisboa

Olá a tod@s, mais uma vez. :)

Um Grupo Homossexual Católico português chamado Rumos Novos irá realizar uma conferência no dia 29 de Julho, já na próxima 5ª-feira, a partir das 21h, no Hotel Ibis Lisboa - Saldanha, em Lisboa, sob o tema "A Igreja e os Homossexuais", com a participação do Padre jesuíta Luís Corrêa Lima da Universidade Católica do Rio de Janeiro.


India's 1st gay magazine

Olá a tod@s! :)

No post anterior divulguei a óptima notícia do relançamento da revista Com'out, depois de, no ano passado, a sua publicação ter chegado ao fim, após apenas 8 edições.
Agora a revista Com'out regressou, num formato trimestral e não mensal como acontecia antes.
Mas está de volta e isso é uma excelente notícia para a população LGBT portuguesa; voltamos a a ter uma publicação feita em Portugal e voltada para a população LGBT e deixo aqui os meus desejos de muito sucesso para tod@s os que colaboram na edição e publicação da revista Com'out.

Mas, a propósito de revistas LGBT, deixo aqui também a excelente notícia do lançamento da 1ª revista G na Índia.
A Índia é um país extremamente conservador, fortemente ligado aos seus costumes e tradições, pelo que uma iniciativa como esta, do lançamento da 1ª publicação voltada para a população homossexual e abordar questões relacionadas com a orientação sexual, concerteza é um passo importante para uma mudança de mentalidades naquele país, e para o qual contribuiu muito o príncipe Manavendra Singh Gohil ser homossexual assumido e participar directamente na edição e publicação dessa revista.


India's 1st gay mag


Gay prince of Rajpipla Manavendra Singh Gohil will soon publish and edit India's first magazine for gays called Fun', which will highlight gay lifestyle. The magazine will talk about everything from gay fashion, to gadgets and gizmo that gays like, to health and sexuality and other issues relating to men who like men.

"Following the legalisation of consensual sex between two adult men, I noticed that many departmental stores opened separate stores for gays," Gohil told TOI. "In this atmosphere, I felt the need to have a magazine for gays," said Manavendra.

The magazine will be launched on July 26 at Goa with actress Celina Jaitley. The cover will have a shirtless photograph of upcoming model Rehan Khan.

Interestingly, Fun will be printed in small town Rajpipla, Manavendra's home. "As I am getting older, I want to give more time to writing on gay rights and lifestyle. Fun will give me the ideal opportunity."

The prince is working on a number of other projects as well, including an old people's home exclusively for homosexuals and a hospice a final destination for AIDS patients on the death bed for both straight and gay people.


notícia retirada de:

http://timesofindia.indiatimes.com/city/vadodara/Latest-from-Manavendra-Indias-1st-gay-mag/articleshow/6206997.cms

terça-feira, 20 de julho de 2010

ARGENTINA: Juíza recusa-se a casar gays e lésbicas porque Deus lhe disse que era mau

Olá a tod@s.

Mais uma notícia, esta relacionada com a anterior, acerca da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina.


notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/180710A/argentina:_juiza_recusa-se_a_casar_gays_e_lesbicas_porque_deus_lhe_disse_que_era_mau


ARGENTINA: Juíza recusa-se a casar gays e lésbicas porque Deus lhe disse que era mau

Uma juíza de paz na Argentina assegurou que mesmo que lhe "custe a vida" não irá oficializar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

As declarações foram feitas um dia depois da aprovação no Senado da lei que reconhece os casamentos para gays e lésbicas.

"Que me acusem do que quiserem. Deus em uma palavra e eu vou obedecer à letra, mesmo que isso me custe o emprego, e mesmo que me custe a vida, porque primeiro está o que Deus me disse", disse Marta Covella, juíza de paz na cidade de General Pico.

E clarifica que foi criada lendo a Bíblia e sabe o que Deus pensa. "Deus ama todas as pessoas mas não aprova as coisas más que as pessoas fazem. E uma relação entre homossexuais é uma coisa má aos olhos de Deus", defende esta cristã evangélica.

A partir do dia 13 de Agosto esta senhora poderá ter de passar casamentos para outras pessoas no seu emprego ou até ficar sem emprego... a ver vamos.

Entretanto a Igreja da Suécia com cerca de 7 milhões de fieis tem uma opinião bem diferente sobre o que diz Deus e realiza casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem nenhum problema... deve ser qualquer problema nas redes de telecomunicações da Argentina.



notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/180710A/argentina:_juiza_recusa-se_a_casar_gays_e_lesbicas_porque_deus_lhe_disse_que_era_mau


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Bem, a homofobia e a mentalidade das pessoas não muda "por decreto".

Mesmo após a aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, continuarão a existir vozes contra este direito que os casais de pessoas do mesmo sexo na Argentina, em Portugal e noutros países viram reconhecido.

Continuarão sempre a existir pessoas como esta juíza, que colocam as suas opiniões pessoais acima das leis do seu país, do seu profissionalismo e dever profissional.

Lembro-me que quando a lei do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada em Portugal, veio a público a notícia de que alguns funcionários de Conservatórias do Registo Civil queriam alegar "objecção de consciência" para se poderem recusar a celebrar casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo.

Acontece que, tal como esclarecido na altura, "Não existe cobertura legal para que um conservador se possa refugiar na objecção de consciência para não celebrar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estamos a falar de um contrato. Não estamos a falar de princípios ideológicos." (frases proferidas por Sérgio Barros, representante dos funcionários de registo e notariado em Portugal, em declarações ao jornal DN).

Esta juíza tem o dever profissional de fazer cumprir as leis do seu país, independentemente da sua opinião pessoal acerca das mesmas. E, como em qualquer outro trabalho, se um funcionário se recusa a trabalhar e a exercer tarefas que a sua profissão exige, demonstra falta de profissionalismo e incompetência para exercer a sua actividade profissional, acarretando com as devidas consequências.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

EUA: Padre anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Esta notícia foi retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/070710A/eua:_padre_anti-gay_gasta_um_milhao_em_prostitutos

EUA: Padre anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Um padre gastou mais de um milhão de euros em serviços sexuais disponibilizados por homens.

O padre Católico, Kevin J. Gray, de 64 anos, foi detido no Connecticut por ter desviado 1.3 milhões de USD da sua paróquia nos últimos sete anos. O dinheiro foi usado em prostitutos, estadias respectivas em hoteis de cinco estrelas, refeições de luxo e roupa de designer.
A sua desculpa para não estar tão presente na paróquia: disse aos fieis que tinha cancro.

Como se isto não fosse suficiente o padre participou durante este período em diversas actividades da Family Life Office, uma organização que é contra os direitos civis de casais de gays e lésbicas. Em Março presidiu uma cerimónia desta organização em que 40 casais reafirmavam o seus votos de casamento heterossexual. Por outro lado a sua diocese subscreveu a Manhattan Declaration em Janeiro, que exorta todos os Cristãos a desobedecerem todas as leis que dão direitos aos LGBT. A mesma diocese que se mostrou contra o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na capital dos EUA e em Abril alegava que de todos os casos de abuso de menores "menos de dois por cento são alegadamente perpetrados por clérigos Católicos" e que como tal eram um problema da "sociedade" e não da igreja Católica.

EUA: Padre  anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Fonte da notícia:
http://www.portugalgay.com/news/070710A/eua:_padre_anti-gay_gasta_um_milhao_em_prostitutos
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O meu comentário em relação a esta notícia é simplesmente:

E viva a hipocrisia...

Casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados no estrangeiro vão ser reconhecidos

PORTUGAL: Casamentos realizados no estrangeiro vão ser reconhecidos

Os casamentos entre pessoas do mesmo sexo que tenham sido realizados no estrangeiro antes da aprovação da lei em Portugal serão reconhecidos.

O esclarecimento veio por parte do Ministério da Justiça depois de vários casais terem visto os seus casamentos realizados no estrangeiro não serem reconhecidos cá em Portugal. No caso dos que eram constituídos por um português e um estrangeiro a coisa ainda ficava mais complicada pois também não se podiam casar em Portugal pois já eram casados no país de origem do estrangeiro.

Segundo a agência Lusa, o Ministério da Justiça revelou que o Conselho Técnico do Instituto dos Registos e do Notariado está a elaborar "um parecer urgente que densificará as formas e as condições de transcrição de casamento celebrados por cidadãos portugueses no estrangeiro com pessoas do mesmo sexo em data anterior à entrada em vigor" da lei.


notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/100710B/portugal:_casamentos_realizados_no_estrangeiro_vao_ser_reconhecidos

5ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto - cobertura da imprensa

Centenas de pessoas na 5ª Marcha do Orgulho Gay no Porto
Lusa - 10/07/2010

Pela parentalidade, pela adoção, pela igualdade de género e, sobretudo, contra a discriminação. Foram estas algumas das motivações que levaram este sábado centenas de pessoas a participar na 5. Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, uma celebração pelas últimas conquistas.

Foi na Praça da República, no Porto, que as centenas de participantes na 5. Marcha do Orgulho LGBT se reuniram para iniciar aquilo que foi um misto de celebração pelas últimas conquistas - a aprovação na Assembleia da República do casamento entre pessoas do mesmo sexo - e de reivindicação por outros direitos.

Homens, mulheres, transexuais, jovens, crianças e até animais. A participação nesta marcha foi diversificada, com a festa a ser colorida por balões, bandeiras e tarjas, ao som de diferentes músicas debitadas por um camião, também ele devidamente decorado.

Segundo Marta Pereira, membro da organização, "neste momento a grande questão é a parentalidade e a adoção", acrescentando que outro tema muito importante "prende-se com a igualdade de género relativamente ao acesso médico, para que as pessoas possam de uma forma mais rápida e mais acessível" mudar de sexo.

"Paralelamente com o que faz nos outros países do mundo, a marcha é uma forma de dar visibilidade à comunidade, de trazer as questões para a rua, também de agitar um bocadinho as águas e a fazer as pessoas confrontarem-se com estas questões que nos afetam a todos", sintetizou uma das organizadoras, de que a questão do casamento homossexual foi uma primeira vitória e de que "há muita coisa por que lutar ainda".

Marta Pereira salientou ainda o "enquadramento muito abrangente" da organização deste ano da marcha, identificando o Grupo XY, da polícia, os sindicatos, os partidos políticos e as associações com trabalho na esfera dos direitos humanos.

Presente nesta concentração esteve a AMPLOS -- Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual, que como foi criada há apenas nove meses - tendo já neste momento 40 pais associados - é a primeira vez que participou nesta marcha do Porto.

À Lusa, a presidente da AMPLOS, Margarida Faria - cuja filha é homossexual e por isso decidiu iniciar o movimento - considerou que é urgente resolver a questão da parentalidade, condenando a discriminação a que as pessoas LGBT são sujeitas.

Pedro Varela, que pela segunda vez participa nesta marcha, explica que esta ação "pretende sensibilizar as pessoas para o preconceito que as pessoas LGBT tem vindo a sofrer" em Portugal.

"Já foi aprovado na Assembleia da República o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas ainda existem várias reivindicações por resolver como a questão da adoção e da parentalidade para as pessoas que já têm filhos. Existe todo um conjunto de direitos para as pessoas transexuais que ainda estão por saldar", disse.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

fonte da notícia:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/centenas+de+pessoas+na+5+marcha+do+orgulho+gay+no+porto.htm


Reportagem em vídeo da SIC; http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2010/7/mais-de-2-mil-pessoas-participaram-na-5-marcha-do-orgulho-gay10-07-2010-213238.htm

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Activista dos direitos das pessoas LGBT encontrado decapitado no Uganda

Fica aqui a tradução em português da notícia do post anterior.

A notícia originalmente em inglês pode ser encontrada em: http://www.365gay.com/news/uganda-gay-rights-activist-decapitated/


Activista dos direitos das pessoas LGBT encontrado decapitado no Uganda

O activista LGBT do Uganda Pasikali Kashusbe foi encontrado assassinado quando a Polícia Ugandesa encontrou a sua cabeça decepada, que tinha sido atirada para uma sanita.

A sanita estava na quinta do patrão de Pasikali Kashusbe, o Presidente da Comissão eleitoral, Badru Kiggundu.

Na semana passada, um corpo mutilado sexualmente e decapitado tinha sido encontrado a menos de um quilómetro do local onde encontraram a cabeça de Pasikali Kashube. Tem sido noticiado que os investigadores acreditam que este era o corpo de Kashube.

Kashube era voluntário na «Integridade Uganda», um grupo de direitos dos homossexuais. Ele desapareceu em Junho, mas as autoridades ugandesas só o encontraram quando estavam à procura de outro activista desaparecido, o Rev. Henry Kayizzi Nsubuga.

Nsubuga está desaparecido há três semanas, desde que fez um sermão em favor dos direitos gays no Uganda.

A homossexualidade é ilegal no Uganda, com punição até prisão perpétua. A lei, conhecida nos Estados Unidos como "kill the gays bill" ("lei: matar os gays") foi introduzida em Outubro e iria fazer com que os condenados por homossexualidade fossem sujeitos à pena de morte. O projecto de lei está a ser cumprido com muitas críticas da comunidade internacional, embora pareça ter sido desencadeada por uma visita de missionários evangélicos dos Estados Unidos.

O legislador do Uganda, que propôs a lei, David Bahati, recusou-se a revogá-la, apesar da pressão internacional.

Uganda gay rights activist decapitated

Ontem fui assolada por esta triste notícia que me deixa a mim, como LGBT e a tod@s @s que defendem os direitos das pessoas LGBT e Direitos Humanos, consternados.

(A notícia está em inglês, posso traduzi-la para português, se for necessário, mas decidi postá-la aqui mesmo estando em inglês porque não podia deixar passar em branco uma notícia tão triste e revoltante como esta).


Uganda gay rights activist decapitated

Ugandan LGBT activist Pasikali Kashusbe was discovered murdered when Ugandan police found his severed head, which had been thrown down a latrine.

The latrine was on the farm of Kashube’s employer, Electoral Commission Chairman Badru Kiggundu.

Last week, a sexually-mutilated and decapitated body had been found less than a mile from the site of Kashube’s head. It has been reported that investigators believe this was Kashube’s body.

Kashube was a volunteer with Integrity Uganda, a gay rights group. He went missing in June, but Ugandan officials only found him when they were searching for another missing gay activist, Rev. Henry Kayizzi Nsubuga.

Nsubuga has been missing for three weeks, ever since he delivered a sermon in support of gay rights in Uganda.

Homosexuality in Uganda is illegal, with punishment up to life imprisonment. A bill, known colloquially in the U.S. as the "kill the gays bill" was introduced in October that would make those convicted of homosexuality subject to the death penalty. The bill is being met with much criticism from the international community, though it appears to have been sparked by a visit from U.S. evangelical missionaries.

The Ugandan lawmaker who proposed the bill, David Bahati, has refused to repeal the bill, despite international pressure.


http://www.365gay.com/news/uganda-gay-rights-activist-decapitated/


Para todos os que se questionam sobre a necessidade de existirem Marchas do Orgulho LGBT, esta é a razão: é preciso chamar a atenção, denunciar todas estas atrocidades que são cometidas , pelo Mundo fora, para com as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros) e dar voz a tod@s @s que, por serem perseguidos, presos, torturados, assassinados por causa da sua orientação sexual ou identidade de género, não lhes é permitido nos seus países terem essa voz para denunciarem estas atrocidades.

É preciso dizer "BASTA!" a crimes de ódio como este que, em pleno século XXI ainda são uma triste e revoltante realidade, crimes cometidos a pessoas que simplesmente têm uma orientação sexual ou identidade de género que não a da maioria.

BASTA! BASTA! BASTA!

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