Este sábado, em Lisboa, a 12.ª Marcha do Orgulho LGBT desceu do Princípe Real ao Rossio, juntando no desfile 3500 pessoas contra a homofobia e a descriminação de género, superando o número de participantes do ano passado. Segundo os organizadores, foi uma marcha marcada pela participação generalizada dos jovens e também pelas palavras de ordem anti-crise e anti-FMI.
"Espero que os direitos das pessoas LGBT continuem a ser um tema importante da agenda política de todos os partidos, de toda a sociedade, porque na Direita também existem pessoas LGBT, também há famílias que não veem os seus direitos reconhecidos", disse à Lusa João Carlos Louçã, da organização.
Neste momento de crise, adiantou, esta marcha volta a ser uma iniciativa de afirmação em que se defendem questões legais que continuam por resolver, como a do reconhecimento da parentalidade aos mais diversos níveis como a adoção e a co-adoção ou a procriação medicamente assistida.
“O Arco-Íris está na rua” é o título do manifesto da 12.ª Marcha do Orgulho LGBT - Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero - de Lisboa, o qual lembra que estas marchas acontecem “para lembrar o dia 28 de Junho de 1969, data em que, na cidade de Nova Iorque (EUA), no bar Stonewall Inn, homossexuais e transsexuais resistiram colectiva e expressivamente às habituais rusgas policiais, à discriminação e à violência”.
Este ano, a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa afirmou os valores da Liberdade, da Igualdade e da Solidariedade, “porque são princípios dos mais elementares da espécie humana, onde todas e todos nos reconhecemos e porque são essas as cores da bandeira arco-íris que hoje levantamos”.
O manifesto afirma que “vivemos tempos difíceis” e destaca que as conquistas sociais são hoje colocadas em causa e que entre as mais afectadas estão também pessoas LGBT, com dificuldades acrescidas na relação com o mercado de trabalho, no direito à habitação, à educação ou a uma saúde condigna.
http://www.esquerda.net/node/18707
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