quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cancelamento, pela TVI, de uma cena de afectividade entre casal de namorados homossexuais, na série "Morangos com Açúcar"







Carta Aberta
Ao Director-Geral e Administrador da TVI
Ao Director-Geral da Plural Portugal
À Administração da Média Capital

Assunto: Cancelamento, pela TVI, de uma cena de afectividade entre casal de namorados, na série "Morangos com Açúcar"
28 de Julho de 2010

Exmo. Sr. Bernardo Bairrão,
Exmo. Sr. André Cerqueira
Exma. Sr.ª Ana Esteves,

Tomámos conhecimento, através de notícia publicada no Jornal de Notícias a 19 de Julho de 2010, da decisão de cancelar a emissão de uma cena de afectividade protagonizada por um casal de rapazes na série "Morangos com Açúcar". Segundo informa a mesma fonte, a cena, que inclui um beijo entre os dois rapazes, foi gravada pelos autores da série e rejeitada pela direcção de programas da TVI. Procuramos com a presente carta obter um esclarecimento quanto ao porquê desta decisão e alertar para o impacto extremamente negativo da mesma.

Entendemos não existir justificação para a não emissão de qualquer conteúdo que expresse a diversidade de afectos e relacionamentos que existem na sociedade, tendo em conta os critérios avaliados para o horário e público a que se destina a série, mas sempre com respeito pelo compromisso de igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa (Art. 13º), no Tratado da União Europeia (Art. 10º) e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (Art. 21º), que no caso aqui apresentado se relaciona directamente com um tratamento desigual baseado na orientação sexual das personagens.

Qual é a gravidade desta infracção? Tratando-se de uma série de jovens para jovens, em emissão desde 2003, com um público substancial que encontra nela um retrato das vidas de sucesso, complicações, dramas e conquistas da juventude portuguesa, compreendemos ser importante que o desenvolver da série “Morangos com Açúcar” seja inclusivo e se estenda sem discriminações à realidade de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT) em Portugal.

A visibilidade positiva e a informação correcta sobre orientação sexual e identidade de género são aspectos cruciais na desmistificação destes assuntos, na educação de mentalidades e no desenvolver de uma personalidade e capacidades sãs entre jovens com uma orientação sexual minoritária, que, infelizmente, não contam ainda com modelos positivos no seu dia-a-dia devido à discriminação e ao preconceito.

A comunicação social e os média desempenham um papel importantíssimo nesta área, tendo o direito e o dever de retratar e noticiar, sem medo ou preconceito, mas com respeito e verosimilhança, as histórias desta camada da população, honrando e apoiando todos aqueles que ainda sofrem constantemente pelo preconceito direccionado pela sua orientação sexual ou identidade de género.

A omissão de personagens LGBT e de cenas que retratem o dia-a-dia destas pessoas, com dúvidas e receios tão legítimos quanto os de seus pares heterossexuais, e que fazem parte da vida de milhares de jovens no nosso país, é absolutamente preocupante, descaracteriza a série em relação à sociedade que pretende retratar e isola muitas crianças e adolescentes que encontram um sinal positivo na história das personagens Nuno e Fábio e na aparente legitimidade que a TVI confere à mesma, revelando-se afinal discriminatória e incapaz de respeitar as vivências destes jovens no seu todo.

Esta decisão reduz a existência e os sentimentos destes adolescentes e propicia a invisibilidade, veiculando a ideia de que são menos dignos que os seus pares heterossexuais, sentimentos e pensamentos que levam à instabilidade emocional e que poderão expressar-se no maior isolamento, insegurança, repressão, desrespeito próprio, auto-mutilação, tentativa e ideação de suicídio, como tem sido recentemente documentado.

Vivemos numa época em que estão reunidas todas as condições para o apoio e o respeito às pessoas LGBT, e estamos certos/as que a sociedade portuguesa está mais do que preparada para assistir às imagens desta história de amor, que afinal é igual a tantas outras. Pedimos que não deixem de participar e de contribuir de forma positiva para esta educação de mentalidades, repondo a cena cujo cancelamento representa uma infracção das normas nacionais e internacionais dos direitos humanos e um sinal triste de retrocesso civilizacional.

Com os nossos melhores cumprimentos,


As Associações:

AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual (amplosbo.wordpress.com)

ATTAC (www.attac.pt)

ILGA – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (www.ilga-portugal.pt)

não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais (www.naoteprives.org)

Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia (www.panterasrosa.blogspot.com)

PolyPortugal (polyportugal.blogspot.com)

PortugalGay (portugalgay.pt)

rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes (www.rea.pt)

Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens (www.redejovensigualdade.org.pt)

UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta (www.umarfeminismos.org)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Comunicado de Imprensa - HOMENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS IMPEDIDOS DE DAR SANGUE - CHEGA DESTE FOLHETIM!

Lisboa, 27 de Julho 2010



Comunicado de Imprensa
HOMENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS IMPEDIDOS DE DAR SANGUE - CHEGA DESTE FOLHETIM!


Faz hoje pouco mais de um ano que o Ministério da Saúde, dirigido por Ana Jorge, em documento enviado à Presidência do Conselho de Ministros, no dia 10 de Julho 2009, alegava:


“A necessidade de garantir que os potenciais dadores não têm comportamentos de risco que, em termos objectivos e cientificamente comprovados, podem constituir uma ameaça à saúde e à vida dos potenciais beneficiários, leva à exclusão dos potenciais dadores masculinos que declarem ter tido relações homossexuais”.


Na altura, várias associações empenhadas na defesa dos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgenéros (LGBT) vieram, mais uma vez, a público denunciar que tal directriz constituía uma grave violação do princípio constitucional da igualdade - que no seu artigo 13º é claro: “nenhum/a cidadão/cidadã pode ser discriminado em função da sua orientação sexual” - para além de salientarem que proibir homens de doar sangue, só por terem tido alguma vez relações sexuais com outros homens, era uma prática manifestamente discriminatória sem qualquer fundamento científico. Mais: O Presidente do Instituto Português do Sangue – Gabriel Olim – em entrevista ao jornal i, a 30 de Julho 2009, teve declarações imbuídas de preconceito e estigmatizantes, concepções cuja credibilidade já tinha sido de resto posta em causa pelo próprio Coordenador Nacional para a Infecção do VIH/SIDA, epidemiologista (re) conhecido (Lusa, 17-07-2009).


Em inícios de Abril, depois de vários anos de denúncia por parte do movimento LGBT, é, finalmente, aprovado na Assembleia da República um projecto de resolução do Bloco de Esquerda contra a discriminação das pessoas homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue. Projecto, relembramos, aprovado por larga maioria, dado apenas ter contado com a abstenção de 20 deputados/as do CDS PP e de uma deputada independente eleita pelo PS.


Relembramos também que essa resolução se alicerçava na directiva europeia sobre a matéria, definindo que sejam excluídos «os dadores cujo comportamento coloque grande risco de contraírem doenças transmissíveis graves». Bem cientes de que a homossexualidade não é, nem nunca foi, um comportamento de risco, a Assembleia da República aprovou a Resolução com vista à adopção urgente por parte do Ministério da Saúde de medidas que acabassem com aquela discriminação. Cerca de 4 meses depois, verificamos que não só o Ministério da Saúde não acatou tal recomendação como uma notícia do Jornal de Notícias de ontem denuncia que não vislumbra fazê-lo.[1]


Por que motivo(s)? Não percebemos nem aceitamos que tal volte a acontecer. Já são demasiados anos em volta deste folhetim interminável que só acentua o preconceito e a desigualdade em volta das pessoas LGBT. Não se pode, por um lado, aprovar medidas que visem a promoção da igualdade e, por outro, perpetuar uma discriminação sem qualquer fundamento que põe de lado milhares de potenciais dadores quando existe sempre necessidade de sangue. Os avanços e recuos verificados nesta matéria somente contribuem para o aumento do estigma em relação às pessoas homossexuais que em nada favorece uma sociedade que se quer livre, inclusiva e democrática.


Deverão ser os comportamentos de risco a determinar a exclusão da doação de sangue, sejam homens ou mulheres, homossexuais ou heterossexuais e não outro qualquer factor arbitrário e discriminatório que parte de pressupostos estereotipados.


A homossexualidade não é sinónimo de comportamentos de risco, tal como a heterossexualidade não é garantia da sua ausência! Quantas vezes teremos que o dizer?


Nem a ciência, nem as estatísticas, nem os princípios da não discriminação e da igualdade justificam tal comportamento por parte do Ministério da Saúde pelo que exigimos, por isso, a adopção urgente das medidas solicitadas na Resolução adoptada na AR.




Organizações subscritoras:

AMPLOS

ATTAC

Ilga Portugal

Médicos pela Escolha

Não te prives

Panteras Rosa

Poly Portugal

Portugal Gay

rede ex aequo

SOS Racismo

UMAR




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ministério da Saúde trava doação de sangue por gays

Olá a tod@s.

Deixo aqui uma triste notícia para a população LGBT que foi publicada hoje no jornal JN.

Depois de, há quase 4 meses, ter sido aprovada no parlamento a proposta do BE de retirar perguntas relacionadas com a orientação sexual dos dadores de sangue no questionário a que os mesmo têm que responder, acabando dessa forma com a discriminação aos homossexuais e bissexuais na doação de sangue (discriminação essa que partia do preconceito, errado, de que existiria maior risco de DST na população homo e bissexual) o Ministério da Saúde afirma agora que não vai alterar essa questão sobre a orientação sexual no questionário dos dadores de sangue e da respectiva exclusão dos homossexuais/bissexuais masculinos.

Porquê essa discriminação/exclusão de homossexuais e bissexuais masculinos não faz sentido nenhum? Vejamos os dados:

O último relatório da Coordenação Nacional para a Infecção por VIH/Sida, relativo ao ano de 2008, refere terem sido recebidas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge notificações de 2668 casos de VIH, sendo que 1201 diagnosticados nesse ano.
E desses 1201 casos de VIH diagnosticados nesse ano, a categoria de transmissão "heterossexual" correspondeu a mais de metade (57,6%) dos casos de VIH; a transmissão associada à toxicodependência 21,9% do total de casos e apenas 16,8% de pessoas homo/bissexuais.

E mesmo assim, com dados oficiais e concretos de que a maioria dos casos de VIH diagnosticados em Portugal corresponde a pessoas heterossexuais e não de pessoas homo ou bissexuais, mesmo assim, o Ministério da Saúde vai ignorar o que o parlamento decidiu em Abril a esse respeito, e vai manter a exclusão de homossexuais e bissexuais masculinos da doação de sangue e da possibilidade de salvar vidas... (E depois queixam-se da falta de sangue nos bancos de sangue em Portugal...)

Portanto, os homens homossexuais e bissexuais continuarão a ver a sua vida sexual exposta a desconhecidos, num questionário, e a serem excluídos de doar sangue e poderem salvar vidas (como se o sangue de um homem homossexual ou bissexual fosse diferente ou pior do que o sangue de um homem heterossexual...); uma exclusão que acontece se responderem «Sim» à questão "Se é homem, alguma vez teve relações com outro homem?".

Se responderem afirmativamente, são automaticamente excluídos da possibilidade de doar sangue, de poder salvar a vida de alguém...

Infelizmente, neste país, um homem homossexual/bissexual para poder efectivamente doar sangue e dessa forma poder salvar vidas, tem que mentir ao responder a essa questão, tendo que esconder a sua orientação sexual e ver a sua dignidade humana fragilizada...

OS HOMENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS TÊM DIREITO A PODEREM DOAR SANGUE SEM TEREM QUE NEGAR A SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL!


Só o Ministério da Saúde e o Instituto Português do Sangue não vêem isso...

Enfim... Neste país anda-se 1 passo para a frente e 2 passos para trás...



Deixo aqui a notícia que saiu hoje no JN a este respeito:


Ministério da Saúde trava doação de sangue por gays

O Ministério da Saúde não vai adoptar medidas contra a exclusão de homossexuais e bissexuais na doação de sangue, que constavam numa recomendação do Bloco de Esquerda, aprovada no Parlamento por várias bancadas, inclusive pelos deputados socialistas.

Aprovada há quase quatro meses, com a abstenção do CDS-PP, a recomendação apresentada pelo deputado bloquista José Soeiro era clara: visava a eliminação das perguntas sobre a orientação sexual dos dadores, em questionários nas unidades e serviços dependentes do Instituto Português do Sangue (IPS).

Mas o Ministério da Saúde não irá ter em conta tal recomendação, porque defende que o actual cenário impeditivo, para homens que tenham sexo com outros homens, irá manter-se à “luz dos procedimentos internacionais nesta área”.

Pelo menos, esta foi a resposta dada ao JN, pela tutela, semanas após a aprovação. Porém, já esta semana, fonte ministerial mostrou indisponibilidade para responder a questões sobre esta matéria ou a elucidar a recusa de não levar em conta tal projecto de resolução.

Aliás, já o presidente do IPS, Gabriel Olim, havia garantido ao JN, minutos depois da aprovação, em Abril, que aquele organismo não iria modificar as regras até o ministério se pronunciar e conhecer os estudos técnicos da recomendação bloquista.

“A proposta (do BE) choca com tudo o que é realidade internacional”, disse, então, frisando que os “dados apontam que homens que têm sexo com outros homens têm relações não protegidas”.

Segundo José Soeiro, após a interpelação em Junho ao Governo sobre a demora na aplicação de uma normativa que vá ao encontro de recentes directivas comunitárias, o Bloco irá questionar de novo a tutela.

O facto da orientação sexual ser considerada factor de risco, nas unidades de recolha de sangue, impede os homossexuais de fazerem a sua dádiva, logo que respondem afirmativamente à questão: “Se é homem, alguma vez teve relações com outro homem?”.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1626567

Conferência «A Igreja e os Homossexuais» - dia 29 Julho, Lisboa

Olá a tod@s, mais uma vez. :)

Um Grupo Homossexual Católico português chamado Rumos Novos irá realizar uma conferência no dia 29 de Julho, já na próxima 5ª-feira, a partir das 21h, no Hotel Ibis Lisboa - Saldanha, em Lisboa, sob o tema "A Igreja e os Homossexuais", com a participação do Padre jesuíta Luís Corrêa Lima da Universidade Católica do Rio de Janeiro.


India's 1st gay magazine

Olá a tod@s! :)

No post anterior divulguei a óptima notícia do relançamento da revista Com'out, depois de, no ano passado, a sua publicação ter chegado ao fim, após apenas 8 edições.
Agora a revista Com'out regressou, num formato trimestral e não mensal como acontecia antes.
Mas está de volta e isso é uma excelente notícia para a população LGBT portuguesa; voltamos a a ter uma publicação feita em Portugal e voltada para a população LGBT e deixo aqui os meus desejos de muito sucesso para tod@s os que colaboram na edição e publicação da revista Com'out.

Mas, a propósito de revistas LGBT, deixo aqui também a excelente notícia do lançamento da 1ª revista G na Índia.
A Índia é um país extremamente conservador, fortemente ligado aos seus costumes e tradições, pelo que uma iniciativa como esta, do lançamento da 1ª publicação voltada para a população homossexual e abordar questões relacionadas com a orientação sexual, concerteza é um passo importante para uma mudança de mentalidades naquele país, e para o qual contribuiu muito o príncipe Manavendra Singh Gohil ser homossexual assumido e participar directamente na edição e publicação dessa revista.


India's 1st gay mag


Gay prince of Rajpipla Manavendra Singh Gohil will soon publish and edit India's first magazine for gays called Fun', which will highlight gay lifestyle. The magazine will talk about everything from gay fashion, to gadgets and gizmo that gays like, to health and sexuality and other issues relating to men who like men.

"Following the legalisation of consensual sex between two adult men, I noticed that many departmental stores opened separate stores for gays," Gohil told TOI. "In this atmosphere, I felt the need to have a magazine for gays," said Manavendra.

The magazine will be launched on July 26 at Goa with actress Celina Jaitley. The cover will have a shirtless photograph of upcoming model Rehan Khan.

Interestingly, Fun will be printed in small town Rajpipla, Manavendra's home. "As I am getting older, I want to give more time to writing on gay rights and lifestyle. Fun will give me the ideal opportunity."

The prince is working on a number of other projects as well, including an old people's home exclusively for homosexuals and a hospice a final destination for AIDS patients on the death bed for both straight and gay people.


notícia retirada de:

http://timesofindia.indiatimes.com/city/vadodara/Latest-from-Manavendra-Indias-1st-gay-mag/articleshow/6206997.cms

terça-feira, 20 de julho de 2010

RELANÇAMENTO COM’OUT! - Edição de Julho-Setembro




Saímos do armário!

Amor... Esse sentimento que nos completa e que tod@s, ou quase tod@s, procuramos. É isso que constitui a nossa essência enquanto seres humanos e que justifica, em parte, a nossa razão de existir. É ele que nos leva aos lugares mais longínquos e aos estados de espírito mais extasiados. Também por amor, Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros têm lutado e sofrido ao longo dos anos. Por estes e outros motivos, dedicamos-lhe esta edição em que procurámos desbravar terreno. Quisemos saber o que está por trás deste fenómeno e descobrir formas de amar, a dois ou a mais, e também perceber as dificuldades que se deparam pelo caminho.

Mas muito mais pode encontrar nesta publicação. Primeiro, porque Portugal deu um passo imenso na defesa dos direitos dos seus cidadãos. Milhares saíram à rua para celebrar e lembrar que ainda há muito a fazer. Depois, porque o ritmo caliente do Verão chegou. Uma época que rima com descanso, praia e festa. Aproveite para viajar até um dos destinos que lhe sugerimos ou consulte a agenda dos próximos eventos a que não pode faltar. E para estar sempre actualizado, não perca as novidades culturais, as tendências da Moda para esta estação e as várias secções a que já estava habituado, na edição de relançamento da sua Com’out.

Foi com tristeza que em Fevereiro de 2009 nos escondemos. A decisão foi difícil, mas o mercado não nos aceitou como esperávamos. Temos, no entanto, a consciência de que agora também não será uma tarefa fácil, até pela conjuntura económica… mas aqui estamos! E porquê? Porque este é um projecto em que acreditamos e em que outros também acreditam. Quer pelo seu potencial quer pelo papel relevante que pode ter na vida de muitas pessoas. Contamos com tod@s para que a Com’OUT saia, definitivamente, do armário!

Hugo Fernandes Lourenço & Marisa Teixeira

11ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa - reportagem SurdoTv

Olá a tod@s! :)

Já há algum tempo escrevi sobre a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa que este ano realizou a sua 11ª edição, e decorreu no passado dia 19 de Junho.

Um mês depois, volto a falar na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, mas desta vez para vos deixar aqui a perspectiva dos participantes Surdos nessa Marcha (eu apareço nos minutos finais do vídeo, com um pequeno excerto da interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) dos discursos dos representantes de cada associação que compuseram a organização da Marcha e a responder a uma pergunta da repórter do site surdoTV, Anita Duarte.)


ARGENTINA: Juíza recusa-se a casar gays e lésbicas porque Deus lhe disse que era mau

Olá a tod@s.

Mais uma notícia, esta relacionada com a anterior, acerca da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina.


notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/180710A/argentina:_juiza_recusa-se_a_casar_gays_e_lesbicas_porque_deus_lhe_disse_que_era_mau


ARGENTINA: Juíza recusa-se a casar gays e lésbicas porque Deus lhe disse que era mau

Uma juíza de paz na Argentina assegurou que mesmo que lhe "custe a vida" não irá oficializar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

As declarações foram feitas um dia depois da aprovação no Senado da lei que reconhece os casamentos para gays e lésbicas.

"Que me acusem do que quiserem. Deus em uma palavra e eu vou obedecer à letra, mesmo que isso me custe o emprego, e mesmo que me custe a vida, porque primeiro está o que Deus me disse", disse Marta Covella, juíza de paz na cidade de General Pico.

E clarifica que foi criada lendo a Bíblia e sabe o que Deus pensa. "Deus ama todas as pessoas mas não aprova as coisas más que as pessoas fazem. E uma relação entre homossexuais é uma coisa má aos olhos de Deus", defende esta cristã evangélica.

A partir do dia 13 de Agosto esta senhora poderá ter de passar casamentos para outras pessoas no seu emprego ou até ficar sem emprego... a ver vamos.

Entretanto a Igreja da Suécia com cerca de 7 milhões de fieis tem uma opinião bem diferente sobre o que diz Deus e realiza casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem nenhum problema... deve ser qualquer problema nas redes de telecomunicações da Argentina.



notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/180710A/argentina:_juiza_recusa-se_a_casar_gays_e_lesbicas_porque_deus_lhe_disse_que_era_mau


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Bem, a homofobia e a mentalidade das pessoas não muda "por decreto".

Mesmo após a aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, continuarão a existir vozes contra este direito que os casais de pessoas do mesmo sexo na Argentina, em Portugal e noutros países viram reconhecido.

Continuarão sempre a existir pessoas como esta juíza, que colocam as suas opiniões pessoais acima das leis do seu país, do seu profissionalismo e dever profissional.

Lembro-me que quando a lei do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada em Portugal, veio a público a notícia de que alguns funcionários de Conservatórias do Registo Civil queriam alegar "objecção de consciência" para se poderem recusar a celebrar casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo.

Acontece que, tal como esclarecido na altura, "Não existe cobertura legal para que um conservador se possa refugiar na objecção de consciência para não celebrar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estamos a falar de um contrato. Não estamos a falar de princípios ideológicos." (frases proferidas por Sérgio Barros, representante dos funcionários de registo e notariado em Portugal, em declarações ao jornal DN).

Esta juíza tem o dever profissional de fazer cumprir as leis do seu país, independentemente da sua opinião pessoal acerca das mesmas. E, como em qualquer outro trabalho, se um funcionário se recusa a trabalhar e a exercer tarefas que a sua profissão exige, demonstra falta de profissionalismo e incompetência para exercer a sua actividade profissional, acarretando com as devidas consequências.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Argentina é o 1º país da América Latina a aprovar a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo

notícia retirada de: http://www.publico.pt/Mundo/argentina-na-vanguarda-da-america-latina-aprova-lei-do-casamento-homossexual_1447030


Argentina na vanguarda da América Latina aprova lei do casamento homossexual


O Congresso argentino deu hoje plena luz verde à lei que autoriza o casamento homossexual no país, de população esmagadoramente católica, com um voto histórico no Senado que põe a Argentina na vanguarda da América Latina.

A proposta de lei – cuja votação foi transmitida pelas televisões – foi aprovada por 33 votos contra 27, ao fim de 15 horas de debate. “É um dia histórico. É a primeira vez que legislamos para as minorias”, regozijou-se o líder da bancada parlamentar do partido no poder (de centro-esquerda), Miguel Pichetto.

A nova lei modifica o texto do Código Civil, onde a formulação de “marido e mulher” é agora substituída pelo termos “os contratantes”. De acordo com a nova legislação, os casais homossexuais podem, em pé de igualdade com os heterossexuais, adoptar e gozar de todos os direitos de família em plenitude: de segurança social, subsídios e dias de licença relativos à vida familiar.

“Há novos modelos de família”

A legislação, proposta pelo centro-esquerda, reflecte “as mudanças na sociedade argentina”, afirmou o líder do principal grupo de oposição no Senado, Gerardo Morales. “Há novos modelos de família”, disse, adiantando que a nova lei visa “garantir os direitos das minorias”.

Mas a medida está longe de ser consensual ou pacífica na sociedade argentina – onde 91 por cento da população se descreve católica. Centenas de manifestantes de campos opostos, separados por um cordão policial, digladiaram-se em frente ao edifício do Congresso, atirando ovos e laranjas uns aos outros, enquanto os senadores debatiam a proposta de lei.

A Argentina tornou-se, com a aprovação desta lei, no primeiro país da América Latina a legalizar o casamento homossexual; e décimo no mundo para a integridade de todo o seu território, após a Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Islândia e Portugal. Nos Estados Unidos, apenas em alguns estados, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido como válido perante a lei.


notícia retirada de:
http://www.publico.pt/Mundo/argentina-na-vanguarda-da-america-latina-aprova-lei-do-casamento-homossexual_1447030


Parabéns a tod@s os LGBT argentin@s cujo o direito a casarem com quem amam foi reconhecido! :D

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Petição - Turquía: Activistas transgénero golpeados por la policía

El 17 de mayo de 2010, activistas de la organización turca Pink Life – a favor
de la igualdad de derechos para lesbianas, gays, bisexuales y transgénero -
viajaban en un coche cuando la policía les detuvo. Previendo problemas, los
activistas llamaron a compañeros de la organización que acudieron en su ayuda.

La respuesta de la policía fue violenta y no se hizo esperar: mientras golpeaba
con porras y disparaba pimienta en aerosol a los últimos en llegar, se llevaba
detenidos a los ocupantes del coche, que pasaron la noche bajo custodia
policial.

Y es que en Turquía, como en otros muchos lugares del mundo, las personas
homosexuales, bisexuales y transgénero son discriminadas y, a menudo, se ven
obligadas a esconderse por miedo a las represalias legales y al rechazo público.


Sin ir más lejos, cinco mujeres transgénero fueron asesinadas en 2009 y sólo en
un caso se condenó al responsable. Además, dos organizaciones casi fueron
ilegalizadas por “animar a otras personas a declarase lesbianas, gays,
bisexuales o transgénero” o por “quebrantar los valores morales y la estructura
familiar de Turquía.”

Imagínate ser homosexual y vivir en un lugar así. ¿Insoportable? En Amnistía
Internacional estamos convencidos de que todos y todas tenemos los mismos
derechos, independientemente de la orientación sexual o de género. Si piensas
como nosotros, firma nuestra petición al Ministro del Interior de Turquía - Besir
Atalay, para que investigue las alegaciones de malos tratos de los activistas de
Pink Life. Y si puedes, ayúdanos a conseguir que la agresión no caiga en el
olvido reenviando esta información a tus amigos y amigas.
Muchas gracias por tu apoyo.

Esteban Beltrán
Director Amnistía Internacional - Sección Española

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BASTA de discriminação e violência para com a população LGBT!

Para ver a notícia e assinar a petição:

http://www.es.amnesty.org/actua/acciones/turquia-activistas-transgenero-golpeados-por-la-policia/

EUA: Padre anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Esta notícia foi retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/070710A/eua:_padre_anti-gay_gasta_um_milhao_em_prostitutos

EUA: Padre anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Um padre gastou mais de um milhão de euros em serviços sexuais disponibilizados por homens.

O padre Católico, Kevin J. Gray, de 64 anos, foi detido no Connecticut por ter desviado 1.3 milhões de USD da sua paróquia nos últimos sete anos. O dinheiro foi usado em prostitutos, estadias respectivas em hoteis de cinco estrelas, refeições de luxo e roupa de designer.
A sua desculpa para não estar tão presente na paróquia: disse aos fieis que tinha cancro.

Como se isto não fosse suficiente o padre participou durante este período em diversas actividades da Family Life Office, uma organização que é contra os direitos civis de casais de gays e lésbicas. Em Março presidiu uma cerimónia desta organização em que 40 casais reafirmavam o seus votos de casamento heterossexual. Por outro lado a sua diocese subscreveu a Manhattan Declaration em Janeiro, que exorta todos os Cristãos a desobedecerem todas as leis que dão direitos aos LGBT. A mesma diocese que se mostrou contra o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na capital dos EUA e em Abril alegava que de todos os casos de abuso de menores "menos de dois por cento são alegadamente perpetrados por clérigos Católicos" e que como tal eram um problema da "sociedade" e não da igreja Católica.

EUA: Padre  anti-gay gasta um milhão em prostitutos

Fonte da notícia:
http://www.portugalgay.com/news/070710A/eua:_padre_anti-gay_gasta_um_milhao_em_prostitutos
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O meu comentário em relação a esta notícia é simplesmente:

E viva a hipocrisia...

Casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados no estrangeiro vão ser reconhecidos

PORTUGAL: Casamentos realizados no estrangeiro vão ser reconhecidos

Os casamentos entre pessoas do mesmo sexo que tenham sido realizados no estrangeiro antes da aprovação da lei em Portugal serão reconhecidos.

O esclarecimento veio por parte do Ministério da Justiça depois de vários casais terem visto os seus casamentos realizados no estrangeiro não serem reconhecidos cá em Portugal. No caso dos que eram constituídos por um português e um estrangeiro a coisa ainda ficava mais complicada pois também não se podiam casar em Portugal pois já eram casados no país de origem do estrangeiro.

Segundo a agência Lusa, o Ministério da Justiça revelou que o Conselho Técnico do Instituto dos Registos e do Notariado está a elaborar "um parecer urgente que densificará as formas e as condições de transcrição de casamento celebrados por cidadãos portugueses no estrangeiro com pessoas do mesmo sexo em data anterior à entrada em vigor" da lei.


notícia retirada de:

http://www.portugalgay.com/news/100710B/portugal:_casamentos_realizados_no_estrangeiro_vao_ser_reconhecidos

5ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto - cobertura da imprensa

Centenas de pessoas na 5ª Marcha do Orgulho Gay no Porto
Lusa - 10/07/2010

Pela parentalidade, pela adoção, pela igualdade de género e, sobretudo, contra a discriminação. Foram estas algumas das motivações que levaram este sábado centenas de pessoas a participar na 5. Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, uma celebração pelas últimas conquistas.

Foi na Praça da República, no Porto, que as centenas de participantes na 5. Marcha do Orgulho LGBT se reuniram para iniciar aquilo que foi um misto de celebração pelas últimas conquistas - a aprovação na Assembleia da República do casamento entre pessoas do mesmo sexo - e de reivindicação por outros direitos.

Homens, mulheres, transexuais, jovens, crianças e até animais. A participação nesta marcha foi diversificada, com a festa a ser colorida por balões, bandeiras e tarjas, ao som de diferentes músicas debitadas por um camião, também ele devidamente decorado.

Segundo Marta Pereira, membro da organização, "neste momento a grande questão é a parentalidade e a adoção", acrescentando que outro tema muito importante "prende-se com a igualdade de género relativamente ao acesso médico, para que as pessoas possam de uma forma mais rápida e mais acessível" mudar de sexo.

"Paralelamente com o que faz nos outros países do mundo, a marcha é uma forma de dar visibilidade à comunidade, de trazer as questões para a rua, também de agitar um bocadinho as águas e a fazer as pessoas confrontarem-se com estas questões que nos afetam a todos", sintetizou uma das organizadoras, de que a questão do casamento homossexual foi uma primeira vitória e de que "há muita coisa por que lutar ainda".

Marta Pereira salientou ainda o "enquadramento muito abrangente" da organização deste ano da marcha, identificando o Grupo XY, da polícia, os sindicatos, os partidos políticos e as associações com trabalho na esfera dos direitos humanos.

Presente nesta concentração esteve a AMPLOS -- Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual, que como foi criada há apenas nove meses - tendo já neste momento 40 pais associados - é a primeira vez que participou nesta marcha do Porto.

À Lusa, a presidente da AMPLOS, Margarida Faria - cuja filha é homossexual e por isso decidiu iniciar o movimento - considerou que é urgente resolver a questão da parentalidade, condenando a discriminação a que as pessoas LGBT são sujeitas.

Pedro Varela, que pela segunda vez participa nesta marcha, explica que esta ação "pretende sensibilizar as pessoas para o preconceito que as pessoas LGBT tem vindo a sofrer" em Portugal.

"Já foi aprovado na Assembleia da República o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas ainda existem várias reivindicações por resolver como a questão da adoção e da parentalidade para as pessoas que já têm filhos. Existe todo um conjunto de direitos para as pessoas transexuais que ainda estão por saldar", disse.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

fonte da notícia:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/centenas+de+pessoas+na+5+marcha+do+orgulho+gay+no+porto.htm


Reportagem em vídeo da SIC; http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2010/7/mais-de-2-mil-pessoas-participaram-na-5-marcha-do-orgulho-gay10-07-2010-213238.htm

sexta-feira, 9 de julho de 2010

5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto e 10ª edição do Porto Pride - é já amanhã! :)

Só para relembrar:




http://www.orgulhoporto.org/


É já amanhã! :)


E, também amanhã, das 22h às 8h da manhã:





http://www.portopride.org/

Mapa da localização do Teatro Sá da Bandeira (onde se realizará o Porto Pride 2010, das 22h às 8h) e do percurso da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto (a partir das 16h), ambos amanhã, dia 10 de Julho:

http://portugalgay.pt/flash/mapa_portopride2010.asp

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Activista dos direitos das pessoas LGBT encontrado decapitado no Uganda

Fica aqui a tradução em português da notícia do post anterior.

A notícia originalmente em inglês pode ser encontrada em: http://www.365gay.com/news/uganda-gay-rights-activist-decapitated/


Activista dos direitos das pessoas LGBT encontrado decapitado no Uganda

O activista LGBT do Uganda Pasikali Kashusbe foi encontrado assassinado quando a Polícia Ugandesa encontrou a sua cabeça decepada, que tinha sido atirada para uma sanita.

A sanita estava na quinta do patrão de Pasikali Kashusbe, o Presidente da Comissão eleitoral, Badru Kiggundu.

Na semana passada, um corpo mutilado sexualmente e decapitado tinha sido encontrado a menos de um quilómetro do local onde encontraram a cabeça de Pasikali Kashube. Tem sido noticiado que os investigadores acreditam que este era o corpo de Kashube.

Kashube era voluntário na «Integridade Uganda», um grupo de direitos dos homossexuais. Ele desapareceu em Junho, mas as autoridades ugandesas só o encontraram quando estavam à procura de outro activista desaparecido, o Rev. Henry Kayizzi Nsubuga.

Nsubuga está desaparecido há três semanas, desde que fez um sermão em favor dos direitos gays no Uganda.

A homossexualidade é ilegal no Uganda, com punição até prisão perpétua. A lei, conhecida nos Estados Unidos como "kill the gays bill" ("lei: matar os gays") foi introduzida em Outubro e iria fazer com que os condenados por homossexualidade fossem sujeitos à pena de morte. O projecto de lei está a ser cumprido com muitas críticas da comunidade internacional, embora pareça ter sido desencadeada por uma visita de missionários evangélicos dos Estados Unidos.

O legislador do Uganda, que propôs a lei, David Bahati, recusou-se a revogá-la, apesar da pressão internacional.

Uganda gay rights activist decapitated

Ontem fui assolada por esta triste notícia que me deixa a mim, como LGBT e a tod@s @s que defendem os direitos das pessoas LGBT e Direitos Humanos, consternados.

(A notícia está em inglês, posso traduzi-la para português, se for necessário, mas decidi postá-la aqui mesmo estando em inglês porque não podia deixar passar em branco uma notícia tão triste e revoltante como esta).


Uganda gay rights activist decapitated

Ugandan LGBT activist Pasikali Kashusbe was discovered murdered when Ugandan police found his severed head, which had been thrown down a latrine.

The latrine was on the farm of Kashube’s employer, Electoral Commission Chairman Badru Kiggundu.

Last week, a sexually-mutilated and decapitated body had been found less than a mile from the site of Kashube’s head. It has been reported that investigators believe this was Kashube’s body.

Kashube was a volunteer with Integrity Uganda, a gay rights group. He went missing in June, but Ugandan officials only found him when they were searching for another missing gay activist, Rev. Henry Kayizzi Nsubuga.

Nsubuga has been missing for three weeks, ever since he delivered a sermon in support of gay rights in Uganda.

Homosexuality in Uganda is illegal, with punishment up to life imprisonment. A bill, known colloquially in the U.S. as the "kill the gays bill" was introduced in October that would make those convicted of homosexuality subject to the death penalty. The bill is being met with much criticism from the international community, though it appears to have been sparked by a visit from U.S. evangelical missionaries.

The Ugandan lawmaker who proposed the bill, David Bahati, has refused to repeal the bill, despite international pressure.


http://www.365gay.com/news/uganda-gay-rights-activist-decapitated/


Para todos os que se questionam sobre a necessidade de existirem Marchas do Orgulho LGBT, esta é a razão: é preciso chamar a atenção, denunciar todas estas atrocidades que são cometidas , pelo Mundo fora, para com as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros) e dar voz a tod@s @s que, por serem perseguidos, presos, torturados, assassinados por causa da sua orientação sexual ou identidade de género, não lhes é permitido nos seus países terem essa voz para denunciarem estas atrocidades.

É preciso dizer "BASTA!" a crimes de ódio como este que, em pleno século XXI ainda são uma triste e revoltante realidade, crimes cometidos a pessoas que simplesmente têm uma orientação sexual ou identidade de género que não a da maioria.

BASTA! BASTA! BASTA!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Porto Pride 2010

Um evento um pouco diferente da Marcha do Orgulho LGBT do Porto, mas realizado no mesmo dia (neste caso na mesma noite) é o Porto Pride que se apresenta como: "Desde 2001 a Festa no Porto para todos os Gays, Lésbicas, Bissexuais, Trans e Heterossexuais Descomplexados".

Acontece no mesmo dia da Marcha do Orgulho LGBT do Porto, portanto este ano, realiza-se no dia 10 de Julho (é já este sábado! ), no Teatro Sá da Bandeira, em plena baixa portuense, com início às 22h e que se prolonga por toda a noite, até às 8h. :)

A entrada tem custo de 10 euros com oferta da primeira bebida (entradas pagas no local, não há pré-venda de ingressos), sendo que o valor da entrada reverte a favor da Associação SOL. Nesta edição do Porto Pride será entregue à Associação SOL o valor conseguido na edição do Porto Pride 2009 (+ de 3200 euros).

Ao longo de toda a noite o Porto Pride 2010 contará com a animação dos DJ's Nuno Cacho, DJ Ivo, DJ Jordann e espectáculos de transformismo com Nani Petrova, Roberta Kinsky, R. Madonna, Natasha Semmynova, Lady Slim, Tiago Tib, Diana Prince e Elsa Martinelli.

Este evento contará com a presença de associações LGBT e não LGBT como: Espaço Pessoa, UMAR, Não Te Prives, Panteras Rosa, SOS Racismo, Abraço, Ponto Bi, PolyPortugal, Amplos, Mica-me, Oporto Spartans, dezanove, ManHunt ...

Existe a possibilidade de estacionar o carro a 5 minutos do teatro por uma tarifa exclusiva de 2 euros (23:00 - 8:00). Para quem não queira levar o carro, existe a alternativa de utilizar transportes públicos sendo que o Teatro Sá da Bandeira localiza-se muito perto da Estação de S. Bento (tanto a estação de comboios como a estação de metro), assim como de várias paragens de autocarros.

Mapa da localização do Teatro Sá da Bandeira (onde se realizará o Porto Pride 2010, das 22h às 8h) e do percurso da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto (a partir das 16h), ambos no dia 10 de Julho:

http://portugalgay.pt/flash/mapa_portopride2010.asp



http://www.portopride.org/



5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto - vídeo de apresentação

Dia 10 de Julho, vamos tod@s participar na 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto. Vamos mostrar que EXISTIMOS (e que não somos apenas meia dúzia de pessoas, como muitos heterossexuais pensam), e que, como pessoas, como cidadãos e cidadãs deste país, exigimos TOTAL igualdade de direitos. Não queremos nem podemos continuar a ser tratad@s como cidadãos e cidadãs de 2ª!

Conquistamos o acesso ao casamento civil, um grande e importante passo sem dúvida, mas ainda muitos outros direitos nos são negados. E, para lembrar que não nos vamos «calar» pelo facto de termos agora igualdade no acesso ao casamento civil, mas que vamos continuar a chamar a atenção e a reivindicar igualdade de direitos em todas as outras áreas em que essa igualdade ainda não existe, vamos tod@s marchar no dia 10, no Porto.

Fica aqui o vídeo de apresentação da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto:



http://www.orgulhoporto.org/

5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto
10 de Julho de 2010
16h
Partida da Praça da República (término na Praça D. João I)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Manifesto da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto

Porque uma Marcha do Orgulho LGBT é não só um dia de festa, alegria, orgulho por sermos quem somos e como somos, mas também é um dia de luta e reivindicação pelo muito que ainda falta fazer, pelos muitos direitos que ainda nos são negados, em Portugal e pelo Mundo fora, é importante lembrar o propósito da realização desta 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto.


Manifesto da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto

Existimos, Direitos Exigimos


Orgulho e festa, porque as origens da comemoração do dia 28 de Junho estão na revolta de Stonewall contra a repressão e a discriminação, na Nova Iorque de 1969. Porque a rua é o palco de todas as lutas e celebrações de uma comunidade constituída por lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgénero, que está a vencer o medo e a vergonha de tantos anos, impostos por uma sociedade homofóbica e preconceituosa - séculos de discriminação e humilhações. A orientação sexual e a identidade de género, não nos diminui nem nos torna melhores seres humanos, mas temos orgulho na bandeira arco-íris, símbolo da diversidade e da visibilidade dos nossos amores.

Luta, por todo o mundo porque há países onde a homossexualidade ainda é considerada crime, porque há lugares onde a repressão ainda está na lei e porque nesses lugares também há a resistência de quem luta pelos direitos, por todos os direitos humanos. E luta também em Portugal onde a discriminação sexista, transfóbica, bifóbica, homofóbica ou racista e xenófoba, ainda agride pessoas e limita a nossa democracia.

Queremos uma sociedade que reconheça a diversidade de modelos familiares com iguais oportunidades perante a lei. Porque a família é uma escolha livre das pessoas, lugar para a partilha de afectos e de vidas em comum e porque o Estado não pode privilegiar nenhum modelo em detrimento de todos os outros. Um lar pode ter como núcleo um relacionamento monogâmico entre uma mulher e um homem, entre dois homens, ou entre duas mulheres. Mas também há relacionamentos amorosos responsáveis entre mais de duas pessoas. Assim como há famílias cuja base é a amizade, e não o amor, ou o sangue.

Por isso exigimos que se cumpra a Constituição no seu artigo 13º e que, no ano em que o casamento civil deixou de ser uma possibilidade exclusiva para pessoas de sexo diferente e em que a Assembleia da República decidiu que a orientação sexual não pode mais ser relevante para as metodologias de recolha das dádivas de sangue, a possibilidade de adopção, co-adopção e acolhimento de crianças seja alargada para todas as pessoas com condições materiais e afectivas para delas cuidar, educar e proteger. Queremos ainda que os processos de procriação medicamente assistida possam ser uma possibilidade para todas as mulheres que a desejem, independentemente da sua orientação sexual e de viverem ou não uma relação de casal. Porque essas famílias já existem e nada justifica que continuem fora da lei.


Exigimos que sejam tomadas medidas legislativas que combatam eficazmente a desigualdade de género que persiste e, inclusivamente, se agravam no nosso país. Que as mulheres possam ter acesso, em condições de igualdade, ao trabalho e ao espaço público assim como os homens à esfera do privado e dos cuidados. Que a violência e a discriminação de género sejam erradicadas definitivamente.

Exigimos ainda que a identidade de género seja contemplada no Principio da Igualdade constitucional, que se tomem iniciativas legais que reconheçam a autodeterminação das pessoas transsexuais e transgénero, sem a tutela psiquiátrica que as menoriza e que lhes retira decisão sobre as suas vidas. Exigimos ainda medidas urgentes que facilitem os processos de adaptação do nome e género nos documentos de identificação, que agilizem os procedimentos médicos de adaptação do corpo.

Seremos cidadãs e cidadãos de uma sociedade plural, que saiba viver bem com a diversidade, que enterre de vez a origem das discriminações, que previna os comportamentos de agressão e que saiba punir, de forma exemplar, os atentados contra a integridade física e psíquica de todos os seus membros.

Sem falsos moralismos e laica nos seus princípios legislativos. Que aprenda com os erros do passado e queira aplicar uma justiça para todos e para todas, que dê atenção especial às e aos jovens e estabeleça uma verdadeira educação sexual para a diversidade, que permita a aprendizagem da cidadania e dos direitos e deveres para todos e todas.

Queremos uma sociedade que respeite e acarinhe idosas e idosos, reconhecendo-lhes autonomia, garantindo a expressão livre dos seus desejos e afectos. Que forme as suas forças policiais e restantes organismos do Estado no respeito por todos os direitos humanos, que admita sem hesitações que lésbicas, gays, bissexuais e trangéneros também têm lugar no seu seio, que reconheça que as pessoas mais pobres e excluídas da sociedade são aquelas que mais necessidade têm de protecção. Que olhe as comunidades de imigrantes com respeito e lhes garanta os direitos correspondentes a quem aqui vive e trabalha. Que reconheça que a orientação sexual e a identidade de género são motivos para os pedidos de asilo, já que justificam tantas perseguições e atentados aos direitos humanos.
Somos pessoas, de muitas origens e convicções, mas hoje juntas na rua com a cara levantada e a certeza de que o futuro só depende daquilo que soubermos fazer dele.


http://www.orgulhoporto.org/


5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto

E é já este fim-de-semana! :) Depois de Lisboa, é a vez do Porto realizar a sua 5ª Marcha do Orgulho LGBT. :)

Infelizmente, ao contrário dos anos anteriores, este ano a Marcha não terminará na Avenida dos Aliados, mas sim um pouco antes, na Praça D. João I. A Marcha partirá, como habitualmente, da Praça da República.

O percurso da Marcha será, portanto, o seguinte:

  • Praça da República
  • Gonçalo Cristóvão
  • Santa Catarina
  • 31 de Janeiro
  • Sá da Bandeira
  • Praça D. João I

Anotem na agenda:

5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto
Sábado, 10 de Julho
às 16h
com partida da Praça da República e término na Praça D. João I


Fica aqui o site oficial da organização da 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto, para mais informações:


http://www.orgulhoporto.org/


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