O Estado do Rio vai ganhar mais dez Centros de Referência e Promoção da Cidadania LGBT até 2013. O objetivo da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos é ampliar a rede de proteção às vítimas de preconceito, além do auxílio jurídico, social e psicológico.
Até o fim deste ano as cidades de Nova Iguaçu e Niterói receberão os postos. No primeiro semestre de 2012, será a vez de Cabo Frio e Macaé, e no segundo, de São Gonçalo e Resende. As unidades de Natividade e Angra dos Reis estão previstas para os seis primeiros meses de 2013. As duas últimas cidades ainda não foram confirmadas, mas é provável que as contempladas sejam Campos dos Goytacazes e Belford Roxo.
Segundo o superintendente de Direitos Individuais e Difusos, Cláudio Nascimento, os municípios foram escolhidos por seu engajamento pela causa.
"Trabalhamos com o conceito de cidades-pólo para montar a rede de centros, ou seja, pensamos em municípios que já são ativistas e capitaneiam a atenção de outros no entorno", justifica Cláudio, lembrando que em 2012, a capital ganhará ainda núcleos de atendimento descentralizado em Madureira, Campo Grande e na zona sul.
Em salas privativas, que garantem a segurança e o anonimato do atendimento, são oferecidos serviços de apoio jurídico, social e psicológico para LGBTs vítimas de violência, seus familiares e amigos.
Além do acolhimento, os atendentes esclarecem dúvidas e encaminham, quando necessário, os solicitantes a outros órgãos da chamada rede de proteção, como delegacias, batalhões de polícia, postos de saúde e Centros de Referência da Assistência Social (CRAs).
O atendimento é marcado com total sigilo através do Disque Cidadania LGBT (0800 023 4567).
Os casos mais difíceis de acompanhar, para Cláudio, são os que envolvem denúncias contra quadrilhas de exploração sexual e perseguição da milícia, principalmente na zona oeste, onde gays são assassinados por grupos que pregam o conceito de limpeza social. A falta de provas material e testemunhal também complica a investigação e atuação da justiça porque prejudica o processo de chegada aos agressores.
Os avanços são notórios, mas ainda há muito a fazer, na visão do superintendente. Apesar de estar à frente de outros estados e ser considerado o melhor destino gay para turismo, o Rio ainda concentra uma minoria fundamentalista que não aceita a diversidade.
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