sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Os portugueses estão de acordo com a adopção por casais do mesmo sexo


in:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2283369


Os portugueses estão de acordo com a adopção por casais do mesmo sexo, criticando a falta de legislação e de protecção social nestes casos. Este é um dos dados conclusivos de um dos poucos estudos sobre homoparentalidade em Portugal.



A pouco mais de três semanas deste tema ser discutido pelo Parlamento, dois inquéritos sobre famílias homoparentais, da autoria do psicólogo Pedro Alexandre Costa e financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, vem apontar uma "atitude claramente favorável à adopção de uma criança por parte de casais do mesmo sexo - tendo sido apenas avaliado o cenário da adopção".

"Contudo, um dos temas mais presentes foi a preocupação com a possibilidade das crianças serem vitimizadas e discriminadas na escola por terem dois pais ou duas mães, o que chama a atenção para o papel da sociedade no geral, e dos agentes educativos em particular, na promoção de um clima de aceitação e de segurança nas escolas", adiantou, ao JN, o autor do estudo, cujo questionário estará disponível online até final de Março de 2012.

Segundo Pedro Alexandre Costa, não há ainda números sobres as famílias homoparentais em Portugal, mas nos dados recolhidos observa-se que "entre 8% e 10% das pessoas homossexuais e bissexuais têm filhos", o que não se pode traduzir em números reais "por não sabermos qual o tamanho da população homossexual no nosso país".

Os portugueses surgem ainda críticos em relação à falta de legislação que enquadre estas famílias - que são constituídas "por um pai ou mãe homossexual (ou bissexual) ou por um casal do mesmo sexo".

Estudos semelhantes já existem em países como o Reino Unido, Holanda ou Estados Unidos da América desde 1980.

"Quando se fala no 'superior interesse da criança' e ao mesmo tempo se diz à criança que a sua família não é igual às outras nem merece gozar dos mesmos direitos, há que questionar se de facto se está a colocar o bem-estar das crianças em primeiro lugar", salientou o investigador do Instituto Superior de Psicologia Aplicada e da Universidade da Beira Interior.

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