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O casamento gay deve ser legalizado na Escócia até 2013, anunciou
nesta quarta-feira (25) o governo do país, responsável por elaborar um
projeto de lei que estabelece aos casais do mesmo sexo os mesmos
direitos de casais heterossexuais. A proposta será publicada ainda neste
ano, mas deve ser aprovada pelo Parlamento e pela monarquia britânica. A
primeira ministra do país, Nicola Sturgeon, está confiante de que a lei
será aprovada. Todos os líderes de partidos escoceses apoiam a medida e
a coroa britânica já demonstrou sua predisposição a aceitar a mudança.
Além disso, grande parte da população do país se mostrou a favor (65%)
do casamento gay em uma pesquisa do governo que obteve 77 mil respostas.
“Nós acreditamos que esta é a coisa certa a fazer em um país que
aspira a ser uma sociedade igualitária e tolerante, como é o caso da
Escócia”, explicou Sturgeon. A medida encontrou apoio de grupos de
direitos humanos e de ativismo LGBT no país e ao redor do mundo, que
comemoraram a decisão.
Apesar disso, a proposta encontrou forte resistência entre setores
religiosos e conservadores da Escócia. De acordo com o diário britânico The Guardian,
a Igreja Católica criou uma campanha online contra o projeto de lei com
o apoio de grupos islâmicos e presbíteros. “Nós acreditamos que o tempo
irá mostrar que a Igreja está totalmente certa em dizer que relações
homossexuais são prejudiciais para qualquer tipo de amor expresso em
amizades profundas”, disse o porta-voz da Igreja Católica na Escócia
segundo a rede BBC.
Nem todos os grupos religiosos, entretanto, desaprovaram a medida.
“Estamos conscientes que as opiniões divergem entre os nossos próprios
membros, e que muitas pessoas estão ansiosas e chateadas com a situação
atual”, disse o Reverendo Alan Hamilton, organizador do comitê de
assuntos legais da Igreja Presbítera da Escócia, à BBC.
“Acreditamos que a homofobia é um pecado e reafirmamos nosso forte
compromisso pastoral a todas as pessoas da Escócia, independente de sua
orientação sexual ou crenças”, completou ele.
Por conta destas divergências, o projeto de lei garante a liberdade
religiosa das organizações e indivíduos que discordam do casamento de
casais do mesmo sexo, excluindo qualquer tipo de punição a estes.
Nenhuma instituição religiosa será obrigada a conduzir as cerimonias
matrimoniais caso discorde da medida, explicou Sturgeon. Além disso,
membros de grupos que decidirem incluir o casamento gay não são
obrigados a conduzir os casamentos.
“O casamento gay diz respeito a igualdade e liberdade – liberdade dos
casais, de grupos religiosos e humanistas que desejam este tipo de
união, mas da mesma forma, liberdade de outros grupos que querem dizer
não ao casamento de pessoas do mesmo sexo”, disse Tom French,
coordenador da organização Equality Network.
A medida fará da Escócia o primeiro país do Reino Unido a legalizar o
casamento gay. Desde 2005, os países permitem apenas a união civil, que
difere até mesmo do casamento civil, de casais do mesmo sexo. Nesta
terça-feira (24/07), o primeiro ministro britânico, David Cameron, disse
que gostaria de ver o casamento gay legalizado no Reino Unido até 2015.
Com informações do Opera Mundi
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