sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Homofobia no Brasil é tema de exposição de professor brasileiro em Nova York


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A liderança do Brasil no ranking de países onde mais se mata pessoas por sua orientação sexual é a inspiração principal de uma exposição que a cidade de Nova York, Estados Unidos, recebe a partir do dia 7 de agosto. “Crimes Against Love” (crimes contra o amor) tem a homofobia como centro e usa ainda informações dos crimes para chamar atenção do público.


A ideia é do artista brasileiro que mora e leciona nos EUA há pelo menos 10 anos Cyríaco Lopes, que fez uma série de memoriais aos mortos na guerra urbana contra os homossexuais no Brasil. Na exposição, fotos de esculturas desfiguradas pelo tempo são impressas em tecido (1,80m), como mortalhas. Cada uma é acompanhada por um texto que relata sucintamente um assassinato violento.
 


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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Egipto: Gays temem condenação da homossexualidade com a chegada de Mursi ao poder


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Após multidões terem tomado a praça Tahrir, no centro do Cairo, para exigir a renúncia do ditador Hosni Mubarak, os homossexuais egípcios agora temem que todo o esforço nos protestos e manifestações realizados desde janeiro de 2011 tenham sido em vão. Apesar da satisfação da derrota de Ahmed Shafiq, ex-ministro de Mubarak que chegou ao segundo turno nas eleições presidenciais egípcias, os LGBT estão apreensivos com a vitória do novo presidente do Egito Mohammed Mursi, candidato apoiado pela Irmandade Muçulmana que pode vir a adotar a sharia (lei islâmica) representando um retrocesso nos direitos gays.


Apesar de não haver nenhuma legislação a respeito da comunidade LGBT no país, leis de "violação da honra", "prática imoral e comportamento indecente" e "ofensa aos valores religiosos" vêm sendo usadas na última década contra os homossexuais assumidos. O novo líder mulçumano poderá seguir o exemplo de quase todos os países islâmicos e passar a condenar veementemente os atos homossexuais.


No fim de junho, uma delegação egípcia pediu durante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, que a organização "concentrasse os seus esforços em ´pessoas reais´ (e não nos direitos LGBT). E afirmou que "a noção de orientação sexual é um tema controverso e não faz parte dos direitos humanos universalmente reconhecidos".


O ativismo LGBT no Egito conta com poucos membros e nenhum deles assume publicamente a sua sexualidade. Jovens ativistas como o récem-assumido Ayman se veem entre sua fé, seu ativismo político e sua sexualidade. "Ser muçulmano e lutar em Tahrir foram escolhas minhas. Mas ser gay, não". E continua: "Eu não me sinto parte de nenhum grupo. Religião agora não faz muito sentido para mim. Tenho que admitir que as minhas convicções religiosas estão abaladas. E protestar na praça, como podemos ver, pode levar o Egito a uma situação ainda pior que a anterior".


Os amigos de Ayman temem pela sua segurança após ele ter usado o facebook para assumir sua homossexualidade há três semanas. Em 2004, um estudante foi condenado a 17 anos de prisão, incluindo dois anos de trabalho pesado, por ter criado um perfil em uma página de relacionamento gay. Sair do país se transformou na única opção. "Cedo ou tarde eu chegarei à conclusão de que minha família, minha religião e meu país verdadeiros não são aqueles onde eu nasci, mas os que me aceitam do jeito que eu sou e que defendem os meus direitos", conclui Ayman.

 

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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Casal gay registra filho indiano na Argentina em caso inédito no mundo


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Um casal gay inscreveu esta terça-feira o filho no registro civil de Buenos Aires sem a mediação de uma decisão judicial, um caso único no mundo, informou à AFP Maria Rachid, dirigente da ONG Lésbicas, Gays, Bi e Transexuais (LGBT).


“É o primeiro caso em nível mundial onde a certidão de nascimento é expedida diretamente pelo registro civil como filho de dois homens. Em outros casos foi feito a partir de uma decisão judicial, que retificava a certidão anterior”, explicou Rachid, também legisladora da Assembleia de Buenos Aires.

O casal formado por Carlos Grinblat, de 41 anos, e Alejandro Dermgerd, de 35, inscreveu esta terça-feira, em um cartório do centro da capital argentina, Tobias, com um mês de vida. O bebê nasceu na Índia, país que o casal escolheu para alugar o ventre da mulher que deu à luz seu filho.

“Nossa única luta era por formar nossa família. É outro passo no reconhecimento dos direitos igualitários. Este é um caminho que começou há anos e um marco foi o casamento igualitário”, disse Grinblat ao sair do cartório, enquanto exibia, ao lado do companheiro, o documento que atribuía o registro do filho aos dois.

Em 2010 a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento gay em nível nacional e o décimo do mundo, depois de Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.

Desde 21 de julho de 2010, quando a presidente Cristina Kirchner promulgou a norma aprovada seis dias antes pelo Congresso, “se oficializaram 5.839 casamentos em todo o país”, destacou a LGBT em 12 de julho.

Enquanto isso, em maio passado, o Congresso argentino aprovou por ampla maioria a lei de identidade de gênero, que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.




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